Go Out by Thierry Mugler
Nicola Formichetti, Lady Gaga e Sebastian Peigne no desfile de inverno 2012 da Thierry Mugler – Foto: Getty Images
Mais um movimento no mercado da moda é anunciado nesta terça-feira (02.04). A Thierry Mugler anuncia a saída do estilista Nicola Formichetti, que estava há dois anos à frente da grife.
O diretor geral da marca Joel Palix ainda não revela seu substituto, mas diz que o nome será divulgado “em breve”. “Nicola encerra sua missão de trazer uma nova energia para a marca”, diz o executivo, em comunicado oficial. “Com seu talento para a comunicação e entendimento do design moderno, ele foi fundamental para atrair novos consumidores para a maison”, reforça.
Nicola Formichetti ganhou novo status em 2012, quando fechou uma parceria (mesmo que informal), com Lady Gaga. Amigo íntimo da pop star, ele a levou para a passarela de inverno 2012 da grife, em duas entradas performáticas que rodaram o mundo naquela temporada.
por: Harper's Bazaar
Safári Belle Époque de Alexandre Herchcovitch por Haper's Bazaar
Alexandre Herchcovitch – Verão 2014 – Foto: Ag. Fotosite
por Sylvain Justum
O verão de Alexandre Herchcovitch, apresentado nesta quinta-feira (21.03) no SPFW, é uma coleção de contrastes. Contraste entre o preto e o branco dominantes, mas também entre recato e abuso e entre rigidez e fluidez.
As mulheres de Alexandre têm múltipla personalidade. Transitam com desenvoltura entre a silhueta comportada dos anos 1940, de saias pelos joelhos e decote fechadinho, flertam com os anos 1920 na beleza, até chegar na estética biker noventista, de comprimento míni e zíperes aparentes. Tudo isso sem uma única calça, apenas vestidos e mais vestidos e uma ou outra saia. Ladylike total. É uma aristocracia meio desalinhada, certinha pero no mucho. Conceito que começa nos cabelos, ondulados de um lado só, mas com fios fora do lugar, ameaçando desmontar. Belle Époque meets 2013.
O diálogo de materiais opõe o cetim duchese duplo como estrutura principal dos primeiros vestidos, e o crepe georgette de seda, nas mesmas peças, em delicados barrados sacolejantes. O embate segue por toda a apresentação, com crepe e couro, cetim e renda preta. Um hard & soft contínuo, que quer ver a mulher pelas costas, já que muita coisa acontece ali: casacos pendurados para trás e volumes em ruffles nos casaquetos, por exemplo. Na silhueta, é possível encontrar formas mais afastadas do corpo, com volumes localizados, mas também sobra espaço para um vestido body-con de crepe bege, mais explicitamente sexy.
Na cartela minimalista, a exceção colorida vem sombria, em roxo de tafetá, com discretos fios de lurex. Nas padronagens, os grafismos de Alexandre começam discretos, em riscas-de-giz interrompidas e coladas em patchwork, passam pelas faixas mais largas e terminam na pelagem zebrada,que tinge a porção mais rock´n´roll do desfile. Uma coleção delicada e intrigante, envolta em um mistério alimentado pelo silêncio do estilista a respeito antes do desfile e pela ausência de qualquer release introdutório. Alexandre gosta de fazer pensar. Que bom.
O look: o vestido sem mangas, de print zebrado e barra plissada de Fabi Mayer sintetiza bem a coleção: safári de época, com uma sensualidade suave e misteriosa.
Acessório: Podre de chique, o escarpim gráfico, preto envernizado e de salto stiletto mescla referências da coleção
Ignorância Pura por Julia Petit
Mais uma vez me surpreendo ao ler uma matéria sobre o uso de pele pela indústria da moda. Depois deescrever aqui sobre os casacos de pele falsa, que de falsa não tinha nada, agora é hora de me deparar com o seguinte artigo do Daily Mail afirmando que desde 2000 a venda de peles quase triplicou mundialmente. Isso mesmo: triplicou! Durante as semanas de moda internacionais, a Armani, Temperley e Vionnet usaram pele, entre tantas outras marcas. No tapete vermelho, as celebridades voltam a desfilar seus modelos felpudos, sem a menor vergonha. O que alegam os produtores de pele? Que é uma matéria-prima que não polui como campos de algodão, por exemplo, ou que se você come carne, não tem o direito de reclamar. Bom, é aquela história de “cada cabeça, uma sentença” e na minha pegar um animal, arrancar a pele dele ainda vivo, deixá-lo agonizando até a morte e sequer “aproveitar a sua carne” como os defensores afirmam que fazem (mas não fazem mesmo), não, obrigada! Eu posso gostar de moda, posso gostar de beleza, de qualquer coisa, fútil ou não, mas usar uma vida pra “parecer mais bonita”, não! Nunca vou concordar com isso!
Foto: Getty Images.
FNMode diz: Concordo em gênero número e grau e ainda me assusta muito saber que existem pessoas que alegam essas atrocidades! Vamos acordar pra vida meu bem!!
Aproveito aqui para lembrar a todos de meu programa que fala sobre moda sustentável e sustentabilidade!
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